segunda-feira, 10 de março de 2014

Dói, dói, dói ....

Não é o tapa, nem o soco.
Não é a topada do dedinho do pé na cama.
Não é o tornozelo torcido no futebol.

Não é a saudade de quem mora longe. Ou de quem está perto.
Não é a decepção, não é o eventual.

A maior dor é a da regeneração.
E é a maior por conglomerar várias.

Na regeneração você vê e dói.
Na regeneração você revê e dói.
E olha pra trás e dói.
E olha pra frente e dói.
Perde, se perde e dói.
Acha, ''desacha'' e dói.

A regeneração é o maior dos aprendizados.

Maior do que aulas de química ou física.
Maior do que o curso de inglês intensivo. Nas férias !
Maior do que o sermão do pai, depois de aventura com o carro.
Maior do que as lições de moral da mãe, depois de respostas secas.

A regeneração macera, dilacera, atravessa.
A regeneração obriga o retorno, estressa.
A regeneração obriga a digestão.

Obriga resgatar os pontos mais doloridos, mais ardentes.
Obriga um retomar pelo qual você não queria, não gostaria de passar.
Obriga, força, empurra goela abaixo uma necessidade sem nexo para você.
Para você.

Pára você !

Porque, por maior que seja a dor da regeneração, melhor agora.
Melhor agora que a ferida está aberta, que o aprendizado está em ebulição.
Melhor agora que o passado está fresco, vivo.

Com a emoção do presente.
Com o estampado no rosto.
Com o cara-a-cara.
Com a ferida, a escara.
Com a fraqueza sem gosto.
Com o possível envolvente.

Regenere-se.
É melhor agora …



[ não conheço autoria do texto ]

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