domingo, 31 de março de 2013



           Mudanças. De dentro pra fora, estas sim são as mais complicadas de serem feitas. Necessita de tempo, de coragem. Dói, nos deixa pequenininhos perante o mundo. Mais no fim vale a pena. E se vale a pena no fim, a pergunta que hoje eu faço é: - Falta muito pra chegar o fim?

           Porque eu não aguento mais viver nesta incerteza, nesta inconstância. Não aguento mais doer tanto. A vida anda batendo com vontade, com força e eu às vezes acho que não vou conseguir me manter de pé. Tem gente que diz que é assim mesmo, que assim que a gente se torna forte, que assim amadurecemos.

           Eu não sei não. Às vezes me sinto tão fraca. Quero atenção. Quero carinho. Dá vontade de pedir colo e ficar lá, protegida de tudo e de todos.

           Esta semana não foi fácil. Está doendo ainda. Fato é que a gente se decepciona com as pessoas. E eu me decepcionei comigo mesma. As pessoas porque a gente defende tanto alguém e daí não era nada daquilo. Eu me decepcionei comigo, porque fui capaz de dizer coisas sem querer dizer. Fiz coisas sem querer fazer, por fraqueza, por medo, por necessidade de colo, atenção e carinho. E de novo eu decepcionei outra pessoa. E não me conheço mais.

         A vida é meio injusta, ou eu que sou sonhadora demais, não sei ao certo. Em meio a palavras ditas, em meio a decepções meu coração burramente insiste em guardar seu lugar. Vai entender. Aliás amor é algo que não foi feito pra ser entendido. A gente vive ele, ou não vive.  Porque muita das vezes por amor a gente escolhe se afastar. Ficar num cantinho só observando e torcendo, pra quem sabe um dia, tudo dê certo. Porque de uma forma ou de outra sempre dá. Uma hora a gente esquece, ou se acostuma com a ausência da pessoa e o coração decide ceder lugar pra outro.
Como todas essas mudanças desorientam! Nunca sei ao certo o que vou ser de um minuto para outro!
Lewis Carroll - Alice no país das maravilhas

sábado, 30 de março de 2013

Depois de tanto tempo em silêncio, só um alerta: o que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Típico de quem não sabe explicar, de quem também se assusta muito, como esses tais que pensam demais. Tanto silêncio não é covardia, é timidez.

Mas este é o tempo do encontro das metades: silêncio, partida, saudade, o que ouço, o que calo, o que penso, vulcão, a lembrança do que fui, o que não sei, abrigo, cansaço, plateia, canção, amor e amor. O que só comprova a condição caleidoscópica, que conserva um certo fascínio pelas mutações que sofre.

Mas é por aí, né? Essa vida afrouxa, solta, ora o vento geme, ora o vento canta e no fundo só uma coisa é exigida: coragem. Sábio é quem vitaliza as sombras e aproveita as luzes, sem pressa e sem perder tempo.

Dificil? Se for, apenas sorria. Entre socos e rosas, sorria. Entre sufoco e sopro, sorria! Se tiver pique, dance, requebre, erga seu copo e celebre. É simples, como se livrar de um velho vício. Certamente algo entre êxtase e tormento.

Sobre tudo isso? A vida ensina, apenas ouça essas palavras sem sentido e quem sabe um sentido seja construído, assim como segue a vida tentando ser leve, ignorando solenemente a insustentabilidade de sua leveza. So much selfish tranquility. Maybe a beautiful lie or a beautiful mess.

Ou melhor, que fique muito mal explicado, não há esforço pra me fazer entendida. Na verdade não há quem possa entender..será? É tanta coisa pra arrumar e ainda tem a duvida sobre realmente dar adeus ao verão, trancar a porta ou…simplesmente escutar o silêncio.


( desconheço autoria )

Simplesmente perfeito. Coube como uma luva. Pra refletir, ler, reler, repensar.


A frase de hoje:
A vida é aquilo que acontece enquanto você está planejando o futuro.”
— John Lennon.


Só que o meu, eu deixei de planejar. Enquanto isso, vou viver.